- terça-feira, dezembro 28, 2004 -

Forças da Natureza

Numa época tão feliz como é - ou melhor, como devia ser - o "pós-Natal", sorrisos aqui, sorrisos acolá, talvez estejam à espera de um texto poetico, como sempre foi o meu estilo, a minha onda. E não, o "onda" não é apenas uma simples expressão, não foi calhar no meio deste palavreado por mero acaso.
Dia 26, um dia após o Natal e também dia de anos do meu Pai, tivemos mais uma prova de que o Homem manda tanto ou menos na Terra que um grão de areia. A visão do corpo inerte de uma criança nos braços de um sobrevivente não deixa ninguém indiferente. Um forte abalo sismico, de 9.8 na escala de Richter provocou no sul e sudoeste asiático mais de 55 mil mortos e cerca de 30 mil desaparecidos. Do sismo, originou-se um tsunami (maremoto) que varreu cidades e pequenas ilhas, como conchinhas arrastadas na praia. Reina agora a dor, o sofrimento e a angústia depois do terror. Crianças desaparecidas, pais desesperados, famílias desmoronadas. As imagens passadas pela televisão comprovam-no.
Disto apenas podemos concluir uma coisa. Não importa as novas tecnologias, os novos inventos do Homem. A Natureza encontra sempre maneira de impor o devido respeito. Arma alguma pode abater tal força, força essa que não escolhe vítimas, sejam elas inocentes ou pecadoras... Nisto somos criaturas impotentes perante a Natureza, apenas mais uma das suas criações.
Img: Autor desconhecido